ECONOMIA – Dólar despenca abaixo de R$ 5,30 e Ibovespa fecha em recorde histórico com 15ª alta consecutiva, impulsionado por bons dados de inflação e otimismo no mercado.

Em mais um dia marcado por otimismo nos mercados financeiros, o valor do dólar sofreu uma significativa desvalorização, encerrando o dia cotado abaixo da faixa de R$ 5,30 pela primeira vez desde junho de 2024. O fechamento ocorreu a R$ 5,273, resultando em uma queda de 0,64%, ou seja, R$ 0,034 a menos em relação ao dia anterior. Esse movimento foi impulsionado pela divulgação da inflação oficial de outubro, que registrou um índice de apenas 0,09%, o menor para o mês desde 1998. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a operar em níveis próximos à estabilidade, mas a situação se agravou, fazendo com que, por volta do meio-dia, o valor atingisse a mínima de R$ 5,26.

Essa queda no dólar corroborou com a valorização do mercado acionário brasileiro, com o índice Ibovespa da B3 alcançando 158.749 pontos, o que representa uma alta de 1,6%. Este foi o 12º recorde seguido, somando a 15ª elevação consecutiva, um feito que não acontecia desde as décadas de 1990. Um dos fatores que sustentaram essa trajetória positiva foram os desenvolvimentos no cenário internacional, especialmente a movimentação nos Estados Unidos em torno do conturbado processo legislativo que ameaça a paralisia do governo, o chamado “shutdown”. Essa situação global contribuiu diretamente para a desvalorização do dólar em diversas praças financeiras.

Além da expectativa em relação à inflação, a comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa Selic também se fez presente nas decisões dos investidores. O Copom divulgou recentemente a ata da reunião, transmitindo otimismo em relação à convergência da inflação para a meta, mesmo com a Selic mantida em 15% ao ano por um período prolongado. Esse cenário de juros mais baixos tende a redirecionar os investimentos de renda fixa para a bolsa, fomentando ainda mais o aquecimento do mercado acionário.

O euro, por sua vez, também teve um desempenho negativo, encerrando o dia a R$ 6,108, uma queda de 0,44% e atingindo o menor valor desde fevereiro deste ano. No contexto geral, a combinação dos fatores internos e externos revela um ambiente propício à recuperação econômica e uma maior confiança do mercado, à medida que os investidores avaliam as perspectivas para o futuro.

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