ECONOMIA – “Dólar cai para R$ 5,46 e bolsa sobe apesar de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA”

A recente implementação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos, uma medida que poderia ser esperada para impactar o mercado financeiro, não teve os efeitos negativos previstos na última quarta-feira, dia 6. O dólar comercial fechou negociado a R$ 5,463, registrando uma queda de R$ 0,043, ou 0,78%. Essa marca representa o menor valor da moeda norte-americana no Brasil desde 8 de julho. Nos quatro primeiros dias de agosto, o dólar acumulou uma queda de 2,46% e já recuou 11,6% ao longo de 2025.

Nesse mesmo dia, a bolsa de valores brasileira, representada pelo índice Ibovespa, também teve um desempenho positivo. O índice subiu 1,04%, encerrando o dia com 134.568 pontos, alcançando seu maior patamar em duas semanas e marcando a terceira alta consecutiva. Nos últimos sete dias, a valorização acumulada é de 1,59%.

Apesar da nova tarifa imposta pela administração Trump, que se aplicaria a diversas exportações brasileiras, o clima no mercado financeiro foi favorável. Este comportamento é em parte atribuído ao aumento das expectativas em relação a cortes de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, uma das diretoras regionais do Fed apontou que uma redução nas taxas de juros pode ocorrer nos próximos meses, o que geraria um ambiente mais favorável a investimentos.

Com a previsão de juros menores em economias avançadas, há um movimento crescente de capitais especulativos em direção a mercados emergentes como o Brasil. A conjuntura atual reforça a ideia de que as dinâmicas do mercado global podem pesar mais que medidas protecionistas, como a tarifa mencionada, uma vez que a imposição de uma tarifa adicional de 25% sobre produtos da Índia também falhou em sustentar a alta do dólar.

Em suma, embora a nova tarifa possa ser vista como um desafio para as exportações brasileiras, o cenário financeiro do país demonstrou resiliência e otimismo, reflexos de fatores econômicos globais mais amplos.

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