A queda do dólar foi uma surpresa positiva para os investidores, que viram a moeda norte-americana operar abaixo de R$ 6 a partir das 10h50 e atingir a mínima do dia em R$ 5,91 por volta das 14h. No acumulado de 2025, o dólar já registra uma queda de 3,79%.
Por outro lado, a bolsa de valores não teve o mesmo desempenho positivo, fechando em queda de 0,3%. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia em 122.972 pontos, após uma sessão volátil. O mercado de ações alternou entre altas e baixas ao longo do dia, mas acabou consolidando a tendência de baixa perto do fim da tarde, influenciada principalmente pelo desempenho das mineradoras.
A ausência de notícias relevantes na economia brasileira fez com que o mercado fosse influenciado principalmente pelos acontecimentos internacionais. A decisão de Donald Trump de não aumentar as tarifas comerciais para a América Latina beneficiou os países emergentes, incluindo o Brasil. Além disso, os percentuais de sobretaxa para produtos da China, México e Canadá ficaram abaixo do esperado, o que amenizou as pressões sobre a inflação nos Estados Unidos.
Com a possibilidade de o Federal Reserve não elevar os juros neste ano, devido à diminuição da pressão inflacionária, países emergentes como o Brasil têm atraído mais capitais financeiros, o que contribui para a redução da pressão sobre o dólar e a bolsa de valores. A perspectiva de taxas de juros mais baixas em economias avançadas tem impacto positivo nos mercados emergentes.
No cenário econômico atual, a expectativa dos investidores é de que o mercado continue se beneficiando da moderação nas tarifas comerciais e de medidas que possam impulsionar o crescimento econômico.