ECONOMIA –

Dólar cai para menor valor em oito meses enquanto bolsa atinge 140 mil pontos em dia de otimismo no mercado financeiro

O mercado financeiro brasileiro mostrou-se resiliente frente aos recentes conflitos no Oriente Médio, mantendo um desempenho positivo em um cenário internacional tranquilo. Nesta segunda-feira, 16 de outubro, o dólar comercial fechou cotado a R$ 5,486, marcando uma queda de R$ 0,057, ou 1,03%, consolidando-se abaixo da linha de R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses. Essa desvalorização da moeda norte-americana foi observada ao longo de todo o pregão e se acentuou após a abertura das bolsas nos Estados Unidos, culminando em sua cotação mínima do dia.

A recente desvalorização do dólar, que já caiu 4,08% apenas neste mês de junho e 11,23% ao longo de 2025, coloca a moeda americana em seu menor patamar desde o dia 7 de outubro do ano passado, quando foi negociada a R$ 5,48. A movimentação ocorre em um contexto em que a força do real parece refletir fatores internos e externos que acentuam a confiança dos investidores.

Paralelamente, a bolsa de valores brasileira, representada pelo índice Ibovespa, também teve um desempenho animador, encerrando o dia com alta de 1,49% aos 139.256 pontos. Esse aumento, o maior registrado desde 27 de maio, foi impulsionado principalmente pelas ações de mineradoras, favorecidas pela valorização das commodities no mercado internacional. Além disso, ações de empresas do setor de consumo também apresentaram fortes ganhos, contribuindo para o movimento ascendente da bolsa.

O apetite dos investidores foi amplificado por notícias que indicam uma possível trégua entre Irã e Israel, o que reduz as tensões no Oriente Médio e tranquiliza o cenário geopolítico. Este fator, aliado a dados positivos da economia chinesa — que apresentou resultados melhores que o esperado em setores como indústria e varejo — reforça a percepção otimista entre os investidores. A China, sendo a segunda maior economia global e o principal consumidor de matérias-primas, impacta diretamente as nações exportadoras de commodities, como é o caso do Brasil.

No âmbito interno, as expectativas em relação à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) têm desempenhado um papel importante na recuperação da bolsa. A desaceleração da inflação em maio fortaleceu as apostas de que o Banco Central manterá a taxa Selic em 14,75% ao ano até o término de 2025. Um cenário de juros mais baixos costuma estimular os investimentos em ações, contribuindo para o otimismo no mercado acionário.

Em suma, o dia foi marcado por um otimismo generalizado nos mercados, evidenciando como uma combinação de fatores locais e internacionais podem influenciar o desempenho econômico do Brasil, mesmo diante de desafios significativos no cenário global.

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