ECONOMIA – Dólar cai para menor valor desde outubro enquanto Ibovespa recua em meio a expectativas sobre novo pacote fiscal e elevação do IOF.

O mercado financeiro brasileiro vivenciou um dia de incertezas nesta segunda-feira, 9 de outubro, com o dólar registrando oscilações, mas encerrando o dia em queda. O fechamento da moeda norte-americana foi cotado a R$ 5,563, uma diminuição de 0,14% em comparação a sua cotação anterior. Este valor representa o menor patamar desde 8 de outubro. Durante o pregão, o dólar chegou a se aproximar da marca de R$ 5,60 pela manhã, mas, ao longo do dia, recuou para R$ 5,55 às 15h30, mantendo-se em um movimento quase estável no fim do dia.

Enquanto isso, a bolsa de valores brasileira, representada pelo índice Ibovespa, continuou seu caminho de baixa, marcando o quarto dia seguido de queda. O indicador fechou aos 135.699 pontos, apresentando uma variação negativa de 0,3%. No auge da tarde, o Ibovespa chegou a uma desvalorização de 1,42%, mas, com o passar das horas, conseguiu reduzir a intensidade da queda. Este desempenho coloca a bolsa no nível mais baixo desde 7 de maio, sinalizando preocupações no mercado.

As incertezas que pairam sobre o mercado estão ligadas à expectativa pela divulgação de um novo pacote fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou no final da noite anterior que as novas medidas, que deverão ser divulgadas nesta terça-feira, incluem aumentos de tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além de taxas sobre empresas de apostas virtuais e alterações na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs. Também está prevista a eliminação de isenções para Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

Contudo, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, expressou preocupações sobre a tramitação das propostas. Ele destacou que não há garantias de que todas as medidas propostas sejam aprovadas, e sugeriu que o foco também deve incluir cortes de gastos, em vez de unicamente elevações tributárias. Esse cenário de negociações e expectativas fiscais continua a impactar o humor dos investidores, refletindo incertezas sobre o futuro econômico do país.

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