Durante o período matutino, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,46, mas um movimento de alta foi impulsionado por anúncios do presidente dos Estados Unidos. Donald Trump declarou a imposição de tarifas sobre produtos canadenses, causando agitações no mercado internacional. Este clima de incerteza refletiu-se nas flutuações do câmbio, embora a moeda tenha encerrado a semana com uma diminuição acumulada de 0,28% e uma desvalorização mensal de 0,79%. No acumulado do ano, o dólar já registra uma queda significativa de 11,26%.
Enquanto isso, o índice Ibovespa da B3, principal indicador do mercado acionário brasileiro, fechou com uma leve desvalorização de 0,18%, situando-se em 136.866 pontos. Embora a queda fosse moderada, isso se deveu à valorização de ações do setor de mineração, que impediram que o índice registrasse perdas mais acentuadas.
Na manhã do dia, o dólar apresentava uma tendência de queda global, algo que se consolidou após a divulgação de informações que indicavam estabilidade nas taxas de inflação nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor registrou uma variação de 0,1% em maio, conforme as expectativas, o que alimentou a possibilidade de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) na segunda metade do ano. No entanto, o tom agressivo de Trump em relação ao Canadá fez com que a moeda americana se recuperasse na parte da tarde, levando a um leve aumento em sua cotação global.
Assim, o mercado financeiro brasileiro encerrou mais um dia em um contexto de volatilidade, refletindo as tensões comerciais e suas repercussões nas relações internacionais, além das flutuações locais que, por sua vez, parecem estar à mercê de fatores externos.