A moeda norte-americana alcançou seu maior valor desde o dia 4 de agosto, quando atingiu R$ 5,74. No acumulado do mês de outubro, o dólar já apresenta uma valorização de 3,85% e, no ano de 2024, a alta chega a 16,57%. O cenário externo contribuiu para esse movimento, com destaque para a queda no preço internacional do petróleo e as tensões eleitorais nos Estados Unidos.
Enquanto isso, a bolsa de valores conseguiu resistir ao cenário adverso e fechou o dia de maneira estável. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia aos 131.043 pontos, com uma pequena alta de 0,03%. A volatilidade marcou as negociações do dia, com ações de empresas ligadas ao consumo interno e de bancos compensando a queda nos papéis de petroleiras e mineradoras.
A queda no preço internacional do petróleo foi um dos fatores que impulsionaram a alta do dólar em países emergentes, incluindo o Brasil. A decisão do governo de Israel de não atacar a infraestrutura petrolífera do Irã influenciou diretamente na redução do preço do barril do petróleo, que registrou uma baixa de 1,7% nesta terça-feira. Além disso, a desaceleração econômica na China, principal comprador de minério de ferro brasileiro, também contribuiu para a pressão no mercado financeiro.
Por outro lado, as tensões eleitorais nos Estados Unidos, com o ex-presidente Donald Trump defendendo um aumento nas tarifas para produtos estrangeiros caso seja eleito novamente, causaram preocupação quanto ao aumento do protecionismo e suas consequências para o comércio global. O cenário internacional incerto refletiu diretamente nos mercados emergentes, como o Brasil, que precisam lidar com as oscilações e impactos decorrentes desses eventos.