O aumento da DPF em março se deve principalmente ao resgate de R$ 12,28 bilhões em títulos a mais do que emitiu pelo Tesouro, somado à apropriação de R$ 55,25 bilhões em juros. A Taxa Selic, que está em 10,75% ao ano, contribui para a pressão no endividamento do governo através da apropriação de juros.
No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) também apresentou um aumento de 0,21%, passando de R$ 276,14 bilhões em fevereiro para R$ 276,73 bilhões em março, influenciada pela valorização do dólar. O colchão da dívida pública, reserva financeira utilizada em momentos de turbulência, também registrou um aumento, atingindo R$ 887 bilhões e cobrindo 6,95 meses de vencimentos da dívida pública.
A composição da DPF tem sido impactada pela emissão de títulos prefixados, que aumentaram sua proporção em março, refletindo a estabilidade econômica. A fatia de títulos corrigidos pela inflação também apresentou um leve aumento, enquanto a parte vinculada ao câmbio mostrou uma queda. O prazo médio da DPF subiu para 4,11 anos, indicando uma maior confiança dos investidores no governo.
As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da Dívida Pública Federal interna, seguidas pelos fundos de pensão e de investimento. A participação dos não residentes (estrangeiros) também aumentou em março, atingindo 10,2%. Por meio da dívida pública, o governo obtém recursos dos investidores para cumprir suas obrigações financeiras, comprometendo-se a devolver os recursos com correção após um período determinado.