O documento traz informações abrangentes sobre várias facetas da dívida pública, incluindo emissões, resgates e a composição do estoque federal e suas dívidas, tanto interna quanto externa. Dentre os dados mais alarmantes, destaca-se a dívida imobiliária interna, que viu um aumento de 2,73%, subindo de R$ 7,95 trilhões para R$ 8,16 trilhões. Este crescimento é atribuído a fatores como a apropriação positiva de juros, que alcançou o valor de R$ 74,5 bilhões, além de emissões líquidas que totalizaram R$ 142,44 bilhões.
No que diz respeito à dívida externa, o panorama também é de aumento, com uma elevação de 3,24% no mesmo período. Assim, em novembro, o montante totalizou R$ 314,95 bilhões, equivalente a aproximadamente US$ 59 bilhões. Dessa quantia, R$ 264,81 bilhões – ou cerca de US$ 49,65 bilhões – referem-se à dívida mobiliária, enquanto R$ 50,13 bilhões, que correspondem a aproximadamente US$ 9,40 bilhões, são vinculados à dívida contratual.
Esses números não apenas revelam a dinâmica atual do endividamento público, mas também levantam questões sobre a capacidade de gerenciamento da dívida em um ambiente econômico já fragilizado. O aumento continuado do estoque da dívida pública é um reflexo das complexidades que o governo enfrenta para equilibrar as contas públicas em meio a uma realidade de altos juros e necessidade de investimentos. A análise detalhada da evolução da dívida se torna, portanto, fundamental para entender os caminhos que o Brasil poderá seguir nos próximos meses em sua trajetória econômica.
