ECONOMIA – Dez Empresas Competem por 37,5 Milhões de Barris de Petróleo da União na B3



Dez empresas estão concorrendo nesta quarta-feira (31) ao leilão de 37,5 milhões de barris de petróleo pertencentes à União, que acontecerá na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Entre as competidoras habilitadas estão a Petrobras, Refinaria de Mataripe, CNOOC Petroleum Brasil, ExxomMobil Exploração Brasil, Equinor Brasil Energia, Galp Energia Brasil, PetroChina International Brazil Trading, PRIO Comercializadora, Shell Trading Brasil e TotalEnergies EP Brasil. A empresa pública Pré-Sal Petróleo, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, anunciou na última segunda-feira (29) o preço mínimo para cada lote, marcando a primeira etapa do 4º leilão de petróleo da União.

Os 37,5 milhões de barris estão divididos em três lotes do campo de Mero e um lote do campo de Búzios, ambos localizados no pré-sal da Bacia de Santos. O campo de Mero é o terceiro maior em volume de petróleo do Brasil. A expectativa é que a venda possa gerar até R$ 15 bilhões, recursos que irão diretamente para as contas do Tesouro Nacional, podendo ser direcionados ao Fundo Social. Os preços mínimos definidos para o leilão foram estabelecidos com base no valor do petróleo Brent: para os lotes de Mero, o preço é o valor do Brent menos US$ 4,40, enquanto para o lote de Búzios é o Brent menos US$ 4,25.

Na segunda-feira, o barril de Brent estava cotado em torno de US$ 80. Se no dia do leilão as ofertas iniciais estiverem próximas aos preços mínimos, a próxima fase será realizada em viva-voz, permitindo às empresas apresentarem propostas abaixo dos valores mínimos estabelecidos pela Pré-Sal Petróleo.

Cada barril de petróleo contém 159 litros. Após refino, cerca de 40% do conteúdo é transformado em óleo diesel, 18% em gasolina e o restante em produtos como lubrificantes, querosene de avião e asfalto. O termo Brent refere-se ao tipo de petróleo extraído originalmente de uma plataforma da Shell nas Ilhas Shetland, na Escócia, até 1995.

O Brasil adota três regimes para exploração e produção de petróleo e gás natural. No regime de concessão, o vencedor detém todo o petróleo e gás produzido, com o Estado fiscalizando e recebendo tributos. Na cessão onerosa, um contrato direto com a União permite à Petrobras extrair até cinco bilhões de barris de petróleo em áreas do pré-sal, com blocos como Búzios e Itapu sob sua responsabilidade.

Já o regime de partilha de produção, vigente desde 2013, envolve o Estado sem assumir riscos de exploração. O bônus é fixo e a disputa se dá pelo percentual de excedente da produção oferecido à União. Esse excedente é o que será vendido no leilão de quarta-feira.

O polígono do pré-sal, situado a 300 km da costa da bacia de Santos, abrange uma área de 149 mil km² com grandes reservas de óleo leve. Os reservatórios estão a profundidades de até 7 mil metros, caracterizados por alta pressão e potencial elevado para descobertas significativas.

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