ECONOMIA – Desemprego no Brasil cai para 6,2% em maio de 2025, o menor índice desde 2012, impulsionando a economia e o mercado de trabalho.



A taxa de desemprego no Brasil, referente ao trimestre encerrado em maio de 2025, atingiu 6,2%, um marco histórico desde o início da série histórica em 2012. Esse índice é notavelmente próximo do recorde anterior de 6,1%, registrado no término de novembro de 2024. Os dados, apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma redução significativa em comparação ao trimestre anterior, que apresentava uma taxa de 6,8%, e também em relação ao mesmo período do ano passado, quando o índice era de 7,1%.

O impacto positivo da pesquisa vai além da taxa de desemprego. O IBGE destacou que outros indicadores também apresentaram recordes, incluindo o número de trabalhadores com carteira assinada, o rendimento médio dos trabalhadores, assim como a massa salarial acumulada no país. Além disso, foram observados os níveis mais baixos de pessoas desalentadas — aquelas que estão tão desmotivadas que já não procuram emprego — desde 2016.

Com esses dados, a desocupação se traduz em cerca de 6,8 milhões de pessoas, refletindo uma diminuição de aproximadamente 955 mil indivíduos em busca de trabalho em relação ao ano anterior. Em contraponto, o Brasil contabiliza 103,9 milhões de pessoas empregadas, o que representa um crescimento de 1,2% frente ao trimestre anterior.

Em entrevista, o analista da pesquisa William Kratochwill comentou sobre a resiliência do mercado de trabalho brasileiro. Ele observou que, apesar dos desafios externos, a economia se mostra aquecida e capaz de resistir a efeitos adversos, especialmente os provenientes da árdua política monetária que tem buscado conter a inflação.

Entretanto, os juros elevados, atualmente fixados em 15% ao ano, têm o potencial de desestimular o consumo e os investimentos, o que, num cenário amplo, poderia afetar negativamente o emprego no futuro. Apesar disso, Kratochwill acredita que a taxa de desocupação poderá continuar a cair nos próximos trimestres, desde que haja ações efetivas do poder público.

A pesquisa revela também um crescimento no número de trabalhadores com carteira assinada, que alcançou 39,8 milhões, sinalizando um aumento de 3,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Por outro lado, a taxa de informalidade foi de 37,8%, evidenciando um ligeiro recuo em relação a trimestres anteriores. Kratochwill explicou que a estabilidade no número de trabalhadores não formalizados e o aumento nos profissionais autônomos registrados com CNPJ contribuiram para essa queda na informalidade.

Com um cenário que se mostra cada vez mais favorável, o rendimento médio dos brasileiros também alcançou um novo recorde, ficando em R$ 3.457, o que representa um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Esses dados indicam um impacto positivo na massa salarial, que chegou a R$ 354,6 bilhões, alimentando tanto a economia quanto a capacidade de poupança dos trabalhadores.

Por fim, a pesquisa ainda indica que o número de desalentados caiu para 2,89 milhões, o menor patamar desde 2016, refletindo uma melhoria nas condições do mercado de trabalho e, possivelmente, a recuperação da confiança dos brasileiros em relação às oportunidades de emprego disponíveis.

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