Os dados que embasam essa análise são oriundos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, que foi divulgada na última sexta-feira, no Rio de Janeiro. O Brasil, como um todo, registrou a menor taxa de desemprego da sua história, finalizando o trimestre com uma taxa de 5,6%. Este resultado reflete uma tendência de recuperação econômica após períodos desafiadores nos últimos anos.
Embora Santa Catarina não figure entre os estados com as menores taxas de desemprego, ela é um destaque ao lado de Mato Grosso, apresentando a menor desocupação do país, com 2,3%. Essa cifra, embora ligeiramente superior a 2,2% do trimestre anterior, é considerada estável pelo IBGE.
A Pnad avalia a dinâmica do mercado de trabalho para pessoas a partir de 14 anos, levando em conta diversas modalidades de emprego, como trabalhos formais e informais. Apenas as pessoas que ativamente procuraram emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa são consideradas desocupadas. Essa apuração é realizada em cerca de 211 mil domicílios em todo o país.
Ao analisar as taxas de desocupação, estados como Santa Catarina se destacam por terem uma estrutura econômica mais robusta, que contribui para a absorção da mão de obra. Por outro lado, regiões como o Nordeste enfrentam desafios econômicos e educacionais, resultando em taxas mais elevadas de desemprego. O analista da pesquisa explicou que a menor escolaridade e o menor desenvolvimento econômico dessas áreas podem ser obstáculos significativos para a geração de emprego.
Nos dados sobre a formalização do trabalho, Santa Catarina é um exemplo positivo, com 88% de seus trabalhadores com carteira assinada, um índice que supera a média nacional de 74,4%. No entanto, estados como Maranhão e Piauí apresentam menos de 60% de seus empregados classificados como formais, evidenciando disparidades regionais em termos de segurança no trabalho e estabilidade econômica.
Esses resultados trazem à tona uma ampla discussão sobre as condições de trabalho no Brasil e ressaltam a necessidade de políticas públicas que promovam o desenvolvimento das áreas com menor oferta de emprego e formalização. O cenário atual é um reflexo das complexidades que caracterizam o mercado de trabalho nacional e as diferenças marcantes entre as diversas regiões do país.
