Esse dado representativo revela uma tendência de recuperação do mercado de trabalho, haja vista que, no trimestre móvel anterior – fechado em março –, a taxa de desemprego estava em 7,9%. Já no segundo trimestre de 2023, o índice era de 8%. É notável observar que este é menos da metade do pico da série histórica registrada pelo IBGE em março de 2021, no auge da pandemia de Covid-19, quando o desemprego atingiu 14,9%.
O número de pessoas à procura de trabalho no trimestre encerrado em junho foi de 7,5 milhões, marcando o menor contingente desde fevereiro de 2015. Houve uma queda de 12,5% em relação ao trimestre anterior e de 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Simultaneamente, a população ocupada atingiu um recorde histórico de 101,8 milhões de pessoas, representando um aumento de 1,6% em relação ao trimestre anterior e 3% em comparação ao segundo trimestre de 2022.
No setor privado, o número de empregados também foi recorde, atingindo 52,2 milhões, impulsionado pelo crescimento do emprego formal (38,4 milhões) e informal (13,8 milhões). Adicionalmente, a população desalentada, que desistiu de procurar emprego por acreditar que não encontraria, recuou para 3,3 milhões, a menor desde junho de 2016.
Os dados do IBGE sobre o mercado de trabalho abrangem pessoas com 14 anos ou mais e consideram todas as formas de ocupação, desde emprego com carteira assinada até trabalhos temporários e autônomos, com uma amostra de 211 mil domicílios visitados.
A divulgação do IBGE ocorreu apenas um dia após a publicação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Diferente da Pnad, o Caged reporta apenas dados de empregos formais. Segundo o Novo Caged, em junho, o Brasil registrou um saldo positivo de 201.705 empregos, um aumento de 29,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As admissões totalizaram 2.071.649, enquanto os desligamentos contabilizaram 1.869.944.
No acumulado do ano até junho de 2024, o saldo de empregos foi de 1,3 milhão de vagas, e nos últimos 12 meses, o país registrou 1,7 milhão de novos empregos. Esses resultados positivos refletem a recuperação contínua e robusta do mercado de trabalho brasileiro.