De acordo com o levantamento, as condições de oferta de crédito se mostraram mais flexíveis no terceiro trimestre deste ano, exceto no segmento de grandes empresas, que apresentou uma tendência restritiva. Para o quarto trimestre, a expectativa é de piora em alguns aspectos, como inadimplência, tolerância a riscos e condições específicas de cada setor econômico.
Já em relação ao crédito voltado para o consumo das famílias, as instituições esperam manter condições flexíveis. No terceiro trimestre, destacaram-se positivamente a tolerância ao risco, o ambiente institucional, captação de novos clientes e a concorrência entre as instituições. No entanto, a pesquisa aponta para uma leve piora no custo e disponibilidade de funding e na inadimplência para o quarto trimestre de 2024.
Em relação à inadimplência, espera-se uma melhora no quarto trimestre, com destaque para a redução nos níveis de inadimplência nas pessoas físicas e um menor crescimento nas micro, pequenas e médias empresas. As grandes empresas também devem apresentar uma pequena melhora na capacidade de honrar suas dívidas, porém, o custo e disponibilidade de financiamento será mais restritivo, especialmente no crédito habitacional.
Para o segmento de crédito habitacional para pessoas físicas, as condições devem se tornar mais restritivas, enquanto as MPMEs deixam um cenário levemente positivo observado no trimestre anterior. A inadimplência continua sendo um fator restritivo para as MPMEs, juntamente com o custo de financiamento.
No geral, as instituições financeiras estão atentas às condições do mercado e buscam manter um equilíbrio entre a oferta e a demanda de crédito, mesmo diante das incertezas econômicas que permeiam o cenário atual.