Nesse contexto, foram contabilizadas 149.357 demissões, em contraste com 146.044 admissões. O desempenho do varejo se destacou como um dos principais responsáveis por essa queda, refletindo o impacto de múltiplos fatores econômicos. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo indicou que a redução no consumo, a elevação das taxas de juros, o aumento da inadimplência e a diminuição da confiança na economia foram determinantes para a atual retração do setor.
Esses números suscitam preocupações sobre a possibilidade de uma desaceleração econômica que pode não estar sendo captada de forma imediata nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) e nas vendas. A federação alerta que, se essa tendência de queda se mantiver nos próximos meses, os efeitos podem ser amplos, afetando não apenas o comércio e os serviços, mas também a renda e o emprego da população.
Por outro lado, o setor de serviços mostrou um desempenho mais positivo em março, fechando o mês com um saldo de 20.301 novos postos de trabalho. No mesmo período do ano passado, o setor havia apresentado um superávit maior, de 45.385 vagas. Setores como saúde, informação, comunicação e, em particular, transporte, armazenagem e correio, mostraram sinais de crescimento, refletindo a continuidade de tendências estruturais como digitalização e demanda logística.
Essa dinâmica revela um cenário misto, onde enquanto o comércio enfrenta dificuldades, os serviços se destacam e conseguem manter um crescimento significativo, indicando que a economia paulista ainda está em processo de adaptação às novas realidades do mercado. É essencial monitorar essa situação, que poderá definir o rumo do emprego e da renda nas próximas fases.