Durante um evento do C20, grupo de engajamento do G20 no Rio de Janeiro, Macedo afirmou que o assunto ainda não foi discutido no âmbito do governo. Ele ressaltou que o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, já se pronunciou a respeito, mas que a questão ainda não foi abordada internamente. Enquanto aguarda a posição do Congresso sobre a proposta, o governo continua sem uma definição sobre o assunto.
O posicionamento de Marinho, divulgado em uma rede social, enfatiza que a jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada através de convenções e acordos coletivos de trabalho, onde empregadores e trabalhadores negociam as condições do contrato. Ele ressaltou a redução da jornada para 40 horas semanais como uma medida possível e saudável, desde que decidida de forma coletiva.
O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) tem sido um dos principais impulsionadores da defesa pela redução da carga horária de trabalho, com destaque para a proposta de estabelecer quatro dias de trabalho por semana. A PEC 6×1 ganhou apoio significativo na Câmara dos Deputados, com mais de 200 assinaturas, superando as 171 necessárias para iniciar a tramitação.
De autoria da deputada Erika Hilton, a proposta surgiu em maio deste ano e recebeu apoio de mais de 2,7 milhões de assinaturas por meio de uma petição online. Enquanto as centrais sindicais, como a CUT, defendem a redução da jornada semanal sem diminuição de salários, setores da economia mostram preocupação com possíveis impactos negativos, como queda de produtividade e aumento de custos que podem ser repassados aos consumidores.
O tema segue em destaque nas discussões sociais, promovendo um embate entre diferentes interesses e visões sobre o mercado de trabalho e a qualidade de vida dos trabalhadores. A PEC 6×1 permanece em espera por uma definição do governo e do Congresso Nacional, enquanto a pressão social por mudanças na jornada de trabalho ganha cada vez mais força.