De acordo com o presidente da CVM, João Pedro Barroso do Nascimento, a prestação de contas será inicialmente voluntária, mas a expectativa é que, a partir de 2026, todas as empresas de capital aberto sejam obrigadas a apresentar esses indicadores.
“A nossa intenção é trazer legitimidade para essa prestação de contas e, por isso, vamos ouvir os parceiros privados. Acreditamos que vamos conseguir implementar essa obrigação até 2026”, afirmou Nascimento.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o Brasil será pioneiro na criação de indicadores que permitirão aos investidores e à sociedade avaliar e comparar as empresas com base na sustentabilidade. O país é o primeiro a adotar essa iniciativa, apesar do apoio do G20 a essa proposta.
Haddad enfatizou que a transparência em relação aos métodos de produção das empresas tende a agregar valor aos produtos brasileiros. “O mundo não tem energia limpa, essa é a realidade. A Ásia é uma indústria a céu aberto, não é? Quanto mais demonstrarmos nosso compromisso ambiental, maior será o nosso mercado internacional. Isso será cada vez mais fundamental para mercados importantes, como os Estados Unidos e a Europa. Portanto, o Brasil precisa se posicionar como líder nessa área”, afirmou o ministro.
Com essa resolução da CVM, espera-se que as empresas de capital aberto e fundos de investimento se tornem mais transparentes e responsáveis em relação à sustentabilidade, o que pode ter um impacto positivo no mercado internacional. A iniciativa do Brasil em estabelecer indicadores de sustentabilidade é um passo importante para atrair investidores e promover uma economia mais verde e sustentável.