Apesar da queda em relação ao mês anterior, a criação de empregos em julho foi 32,3% maior do que no mesmo período do ano passado. No ano de 2023, foram criados 142.107 postos de trabalho, considerando os dados com ajuste que levam em conta declarações entregues pelos empregadores em atraso. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, foram abertas 1.492.214 vagas, um aumento de 27,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O cenário de criação de empregos formais no país se mostra bastante positivo, com os resultados alcançando patamares que não eram vistos desde 2021. O crescimento nos setores de serviços, indústria, comércio, construção civil e agropecuária contribuíram para o aumento no nível de emprego.
No entanto, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expressou preocupação em relação a um possível aumento da Taxa Selic no segundo semestre, alertando para os impactos negativos que isso poderia ter sobre os investimentos, o mercado de trabalho e o orçamento público.
Na divisão por setores, os serviços se destacaram com a abertura de 79.167 postos de trabalho, seguidos pela indústria e comércio. Todas as regiões brasileiras apresentaram saldo positivo na criação de empregos, com destaque para o Sudeste, Nordeste e Sul do país.
No Rio Grande do Sul, estado afetado por enchentes recentes, também foi registrado um saldo positivo na geração de empregos em julho, com a abertura de 6.690 vagas. O ministro Luiz Marinho destacou que esse resultado reflete os investimentos do governo federal na reconstrução do estado.
Em meio a esses dados positivos, a preocupação com a política monetária e os possíveis impactos de um aumento da Taxa Selic ainda pairam sobre o cenário econômico do país, sendo um ponto a ser observado nos próximos meses.









