ECONOMIA – Criação de empregos formais cai 19,2% em junho, apontando menor número de vagas desde 2023; setor de serviços lidera contratações.

Em junho de 2023, a criação de empregos formais no Brasil apresentou uma queda expressiva, conforme revelam os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O total de postos de trabalho com carteira assinada abertos no mês passado foi de 166.621, representando uma redução de 19,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram gerados 206.310 postos. Este valor é o mais baixo desde junho de 2023, quando foram contabilizadas 155.704 admissões.

No acumulado do primeiro semestre de 2023, o Brasil criou 1.222.591 novas vagas de emprego, o que reflete uma queda de 6,8% em relação ao ano passado, quando o total foi de 1.311.751. A diminuição da criação de empregos pode ser atribuída a diversas forças econômicas, refletindo desafios nas condições do mercado de trabalho.

Por setores, todos os cinco ramos pesquisados apresentaram crescimento na geração de empregos em junho, sendo o setor de serviços o grande destaque, com a adição de 77.057 novos postos. Em seguida, o comércio registrou a criação de 32.938 vagas, enquanto a agropecuária, beneficiada pelo período de safra, gerou 25.833 novos empregos. A indústria, abrangendo transformação e extração, adicionou 20.105 postos, e, por último, a construção civil teve um aumento de 10.665 vagas.

Dentro do setor de serviços, o segmento de informação e comunicação, juntamente com as atividades financeiras e administrativas, se sobressaiu, contribuindo com 41.477 novos empregos. A administração pública e áreas relacionadas também tiveram participação significativa, com a abertura de 12.821 vagas.

Geograficamente, todas as cinco regiões do Brasil viram um saldo positivo em empregos formais. O Sudeste liderou com 76.332 novas vagas, seguido pelo Nordeste (36.405), Centro-Oeste (23.876), Sul (18.358) e Norte (11.683). No nível das unidades federativas, a maioria dos estados também registrou crescimento, com São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais destacando-se em números absolutos. O único estado a apresentar redução foi o Espírito Santo, que perdeu 3.348 postos, especialmente no setor cafeeiro.

Esses dados traçam um panorama do atual mercado de trabalho brasileiro, revelando um cenário de desafios e oportunidades, em meio a um contexto econômico em transformação.

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