Adicionalmente, o estudo sugere que o aumento da carteira com recursos livres deve ser próximo de 8,1%, uma leve queda em relação aos 8,2% do levantamento anterior. Esses números refletem um cenário que, apesar dos desafios, mantém certa resiliência nas expectativas dos analistas sobre o segmento de crédito.
Entre os aspectos analisados, destaca-se a projeção para o crédito destinado às famílias. Um dado interessante é que mais da metade dos especialistas consultados, 55%, acredita na possibilidade de crescimento do crédito para esse público em níveis próximos a dois dígitos durante o ano. Essa porcentagem é ligeiramente superior à registrada em março, quando 50% dos analistas mostraram-se otimistas.
Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudential e Riscos da Febraban, comentou sobre as condições atuais, ressaltando que, apesar das incertezas que permeiam o cenário internacional e a continuidade da alta da taxa Selic, as revisões para o crescimento do crédito foram, em sua maioria, mínimas. Segundo Sardenberg, a expectativa é que o crédito, junto com a atividade econômica, experimente uma expansão significativa em 2025, especialmente para as famílias. Essa confiança está ligada à melhora no mercado de trabalho, ao aumento constante dos benefícios sociais e ao lançamento do programa Crédito ao Trabalhador.
Diante desse panorama, o setor bancário parece preparado para navegar pelos desafios presentes, mantendo uma perspectiva positiva para o próximo ano, o que pode beneficiar a população e contribuir para uma recuperação econômica sustentada.