ECONOMIA – Crescimento de vagas formais para mulheres supera o de homens em 2024, contribuindo para redução da desigualdade no mercado de trabalho.

No decorrer de 2024, um fenômeno positivo foi observado no mercado de trabalho brasileiro: o crescimento das vagas formais ocupadas por mulheres superou o aumento de oportunidades para os homens. De acordo com dados recentes, enquanto o saldo de empregos formais para homens registrou um incremento de 10,1% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023, o saldo para as mulheres teve um crescimento expressivo de 45,18%. Esses números representam um marco importante na luta pela igualdade de gênero no ambiente de trabalho.

Apesar desses avanços, é importante ressaltar que, em números absolutos, as novas vagas com carteira assinada ainda são majoritariamente ocupadas por homens. Além disso, a disparidade salarial entre os gêneros persiste, com os homens ainda recebendo, em média, salários superiores aos das mulheres.

Os resultados fazem parte de um estudo realizado por pesquisadoras do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) e publicado no Observatório da Produtividade Regis Bonelli. Segundo as especialistas, o desempenho do mercado de trabalho nos últimos meses tem sido positivo, com a geração de empregos formais acima das expectativas e um aumento na média salarial.

A análise mostrou que o saldo de postos de trabalho formais entre os homens cresceu de 841.273 em 2023 para 926.290 em 2024, um incremento de 10,1%. Já o saldo de empregos ocupados por mulheres saltou de 551.237 para 800.269 no mesmo período, representando um aumento de 45,18%. Essa diferença significativa contribui para uma mudança na composição do mercado de trabalho, tornando-o menos desigual.

Em relação às ocupações, os dados apontam para uma maior absorção da mão de obra feminina em setores como “Vendedores e prestadores de serviços de comércio” e “trabalhadores de atendimento ao público”. Enquanto isso, entre os homens, os maiores crescimentos foram observados em categorias como “Escriturários”, “Trabalhadores de funções transversais” e “Vendedores e prestadores de serviços do comércio”.

No que tange aos salários, a pesquisa revelou que as mulheres continuam recebendo, em média, salários de admissão cerca de 10% a 11% menores do que os homens. Essa disparidade salarial persistente reflete a necessidade contínua de medidas para promover a igualdade de gênero no mercado de trabalho.

Em resumo, os números de 2024 mostram avanços significativos na inclusão das mulheres no mercado de trabalho formal, mas também ressaltam a importância de continuar lutando contra as desigualdades de gênero e garantir oportunidades equitativas para todos os trabalhadores.

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