No entanto, apesar desse crescimento, as estatísticas mensais revelaram que o rendimento médio real atingiu o pico de R$ 3.255 em abril deste ano, mas caiu para R$ 3.187 em julho de 2024, o que representa uma redução de 2,1%. Essa diminuição pode ser resultado de diversos fatores que impactam a economia, como a inflação e variações no mercado de trabalho.
A pesquisa também destacou que os trabalhadores por conta própria, empregados sem carteira e do setor público tiveram um crescimento significativo na renda, com índices acima de 7%. Por outro lado, os trabalhadores privados com carteira apresentaram um crescimento mais modesto, de 4,4%, mantendo taxas de crescimento inferiores às demais categorias desde o início de 2023.
Além disso, a análise por regiões e grupos específicos mostrou que os maiores aumentos na renda foram observados no Nordeste, entre os trabalhadores mais velhos e com ensino superior. Por outro lado, o Centro-Oeste teve um crescimento mais modesto, assim como os jovens de 14 a 24 anos e os habitantes de regiões metropolitanas.
No que diz respeito à disparidade de gênero, os rendimentos habituais das mulheres apresentaram um crescimento maior que o dos homens em anos anteriores. No entanto, no segundo trimestre deste ano, o crescimento da renda foi maior entre os homens. Isso indica que ainda há desafios a serem superados em termos de igualdade salarial entre os gêneros no mercado de trabalho brasileiro.
Por fim, em termos setoriais, alguns setores como a construção, agricultura e serviços profissionais tiveram desempenho aquém do esperado, com queda na renda habitual. Já os trabalhadores da indústria e da administração pública apresentaram um crescimento significativo em seus rendimentos.
Diante desses dados, é importante continuar monitorando a evolução da renda dos trabalhadores brasileiros e identificar estratégias para garantir um crescimento econômico mais sustentável e inclusivo para todos os segmentos da sociedade.
