Quando analisado em relação ao mesmo período do ano anterior, o índice apresentou uma ligeira elevação de 0,1%. No acumulado de 2023, o IBC-Br mostra-se positivo, com um crescimento de 2,6%. Em um período de 12 meses, o indicador teve um aumento ainda mais significativo, alcançando 3,2%.
O IBC-Br serve como um parâmetro para o Comitê de Política Monetária (Copom) tomar decisões cruciais acerca da taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. Este índice reflete a atividade de setores variados da economia nacional, incluindo indústria, serviços e agropecuária, além do volume arrecadado com impostos. A taxa Selic é um dos principais instrumentos usados pelo Banco Central para controlar a inflação, que tem estado em alta.
O Copom utiliza esses dados para ajustar a Selic conforme as necessidades do cenário econômico. A elevação na taxa de juros tem o intuito de frear a demanda e controlar a inflação, pois encarecer o crédito geralmente reduz o consumo. Por outro lado, quando os juros são reduzidos, o acesso ao crédito melhora, incentivando tanto a produção quanto o consumo, embora isso possa trazer riscos à inflação.
A inflação oficial, que já havia diminuído em agosto, teve um aumento de 0,48% em setembro, impulsionada pelas contas de energia elétrica. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma alta de 5,17% nos últimos 12 meses, superando o teto da meta estabelecido em 4,5%. Esse cenário de inflação crescente, aliado à incerteza no ambiente econômico internacional, levou o Copom a decidir por manter a taxa Selic em 15% durante sua última reunião.
Por fim, o IBC-Br utiliza uma metodologia distinta da que avalia o Produto Interno Bruto (PIB), que é considerado o indicador oficial da economia e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o IBC-Br fornece uma visão prévia da atividade econômica, o PIB representa a soma total de bens e serviços produzidos no país. No segundo trimestre de 2023, a economia brasileira experimentou um crescimento de 0,4%, impulsionado pelo avanço nos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB teve um crescimento de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão, a maior desde 2021.
