O panorama econômico recente mostra que o PIB brasileiro registrou um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ser um recorde na série histórica iniciada em 1996, esse resultado representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 1,3% no primeiro trimestre.
Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país, mostrou uma estabilização em suas previsões, interrompendo uma tendência de queda que durava há 14 semanas. A expectativa permanece em 4,85%, enquanto há quatro semanas essa mesma previsão era de 5,05%. Para 2026 e 2027, as estimativas de inflação apresentaram leve queda, indo para 4,3% e 3,94%, respectivamente.
Contudo, é importante destacar que a expectativa de inflação para 2025 ainda se encontra acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em julho, a inflação foi impulsionada por aumentos nas contas de energia, alcançando 0,26%, embora tenha apresentado quedas nos preços dos alimentos por dois meses consecutivos. No acumulado de 12 meses, o IPCA chegou a 5,23%.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. Essa taxa tem se mantido estável nas últimas 11 semanas. As projeções para 2026 e 2027 indicam uma Selic de 12,5% e 10,5%, respectivamente. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi decidida a interrupção do ciclo de aumento da Selic, após sete elevações consecutivas, refletindo um cenário de desaceleração econômica.
Por fim, o boletim Focus também apresenta uma redução na expectativa do valor do dólar, que agora é projetado para fechar 2025 a R$ 5,55, abaixo das previsões anteriores. Esse cenário sugere um leve otimismo em meio aos desafios econômicos, mas a cautela continua sendo a tônica nas projeções para o futuro.