Além do aumento no total de lares inadimplentes, o estudo também destacou uma elevação no número de famílias que enfrentam dificuldades para quitar suas dívidas. O percentual de lares que não conseguem arcar com suas obrigações financeiras subiu de 8,2% para 9,1% em apenas um ano, sinalizando uma fraqueza crescente na capacidade de pagamento das famílias.
Em contrapartida, também foi registrado um leve recuo no número total de famílias endividadas na capital, que caiu de 71,4% para 70,9%, o que representa cerca de 2,9 milhões de lares. O cartão de crédito permanece como a principal causa de endividamento, seguido de perto pelo financiamento de imóveis, que afeta 15,7% das famílias.
Apesar do cenário de crescente inadimplência, a federação aponta que as condições de renda parecem estar se recuperando lentamente. Os atrasos nos pagamentos estão, segundo a análise, concentrados em curto prazo e apresentam baixo comprometimento da renda. Isso sugere que muitos consumidores podem estar enfrentando dificuldades temporárias.
Adicionalmente, fatores como um mercado de trabalho em recuperação e a inflação em níveis mais controlados têm sido vistos como elementos que podem ajudar a estabilizar a situação financeira das famílias. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), que é realizada mensalmente com cerca de 2,2 mil consumidores, busca aprofundar a compreensão sobre os níveis de endividamento e inadimplência, contribuindo para um panorama mais completo do cenário econômico em São Paulo.