ECONOMIA – Crédito Extraordinário para INSS em 2025 Está Fora de Discussão, Afirma Ministro da Fazenda Fernando Haddad em Brasília



Na quinta-feira (15), em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a questão da possibilidade de abertura de um crédito extraordinário no Orçamento de 2025. Essa medida serviria para ressarcir aposentados e pensionistas que foram alvo de descontos indevidos. No entanto, Haddad deixou claro que esse tópico ainda não está em discussão e que o governo está em processo de avaliação sobre a magnitude das retiradas não autorizadas dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Durante a coletiva, o ministro enfatizou que a utilização de recursos públicos para efetuar o reembolso a essas categorias deve ser considerada apenas como uma última alternativa. Ele assegurou que o governo buscará inicialmente recuperar o montante das entidades responsáveis pelos descontos indevidos e que, caso essa recuperação seja insuficiente, o uso do crédito extraordinário será cogitado.

“Não iniciamos a discussão sobre o crédito extraordinário para o INSS, uma vez que ainda não temos um panorama preciso dos recursos necessários. Precisamos definir a extensão do problema e a capacidade de ressarcimento por parte das associações. Já solicitamos o bloqueio de bens, pois é essencial que aqueles que cometeram fraudes arcam com as responsabilidades”, explicou Haddad.

Haddad também explicou que, segundo o arcabouço fiscal vigente, os créditos extraordinários não afetam a meta de resultado primário e não estão sujeitos ao limite de crescimento dos gastos, que permite um aumento de até 2,5% acima da inflação do ano anterior. Contudo, esses créditos contribuem para o aumento da dívida pública do governo.

Informações divulgadas pelo Palácio do Planalto indicam que, somente em dois dias de operação do sistema de notificações, o número de pedidos de reembolso ao INSS alcançou impressionantes 1.051.238. Este número se baseia em relatos de 41 entidades envolvidas, com cerca de 578 mil aposentados e pensionistas já tendo registrado denúncias na quarta-feira (14) e aproximadamente 473 mil realizando o mesmo na sequência.

Em meio a essa agenda, o ministro ainda abordou outras questões, como a possibilidade de aumento no valor do Bolsa Família e a proposta do Ministério do Trabalho e Emprego para implementar uma linha especial de crédito para motociclistas. De acordo com Haddad, não há planos imediatos para a elevação do Bolsa Família ou um pacote de medidas para incrementar a popularidade do governo neste momento.

Sobre a linha de crédito para motociclistas, ele esclareceu que ainda está sendo analisada e que as condições não estão completamente definidas. Essa linha de crédito, que poderia oferecer financiamentos com juros mais baixos por meio de instituições como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ainda não tem clareza se beneficiará apenas entregadores ou todos os motociclistas. A análise continua em andamento enquanto o governo busca soluções viáveis e sustentáveis para esses desafios financeiros.

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