ECONOMIA – Correios devem receber apoio financeiro do Tesouro abaixo de R$ 6 bilhões, enquanto governo avalia alternativas de empréstimo para reestruturação da estatal.

O governo brasileiro, através do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou que o apoio financeiro do Tesouro Nacional aos Correios deverá ser inferior aos R$ 6 bilhões inicialmente previstos. Durante uma coletiva de imprensa realizada na sede do Ministério da Fazenda, Haddad abordou as estratégias em discussão para fortalecer a situação financeira da estatal, que enfrenta desafios significativos.

O planejamento governamental ainda está em estágio de avaliação, e uma das opções em foco é a combinação do aporte financeiro com um empréstimo. Esse empréstimo, que poderia ser liberado ainda em 2023, não teve uma decisão final tomada, o que reflete a cautela da gestão em relação aos recursos públicos. Haddad enfatizou que, embora haja espaço fiscal previsto para 2025, a implementação do auxílio ainda está longe de ser resolvida. “Até teria [espaço], mas não é algo que já está decidido”, declarou o ministro, enfatizando a importância de um planejamento financeiro rigoroso.

Um ponto central das discussões é a condição de que qualquer forma de ajuda financeira esteja atrelada a um plano de reestruturação dos Correios. Haddad sublinhou a necessidade de a empresa passar por mudanças significativas para garantir sua sustentabilidade financeira no longo prazo. O valor inicialmente considerado, de R$ 6 bilhões, não se confirma mais, segundo o ministro. “Esse valor não deve ser mantido; será inferior”, afirmou, sem especificar a quantia exata.

Além da injeção de recursos do Tesouro, o governo está considerando oferecer um aval para a concessão de um empréstimo aos Correios, negociando uma quantia que varia entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. Essa reavaliação do valor é uma resposta ao veto anterior do Tesouro a um pedido de R$ 20 bilhões, motivado pelo custo elevado que isso acarretava. Haddad comentou que, embora exista perspectiva de que a proposta seja aprovada ainda este ano, as negociações com as instituições financeiras continuam dificultando o progresso.

Essas declarações surgiram após uma reunião prolongada entre o ministro e o presidente da Câmara, Hugo Motta, onde foram discutidas outras iniciativas que o governo espera ver aprovadas antes da votação do Orçamento de 2026, que deverá ocorrer na próxima semana. O acompanhamento e a gestão prudente das finanças públicas permanecem no centro das preocupações do governo, refletindo um compromisso em buscar a recuperação e a modernização dos serviços postais no Brasil.

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