Haddad deixou claro que o governo não apoiará a empresa sem antes ter um plano de recuperação bem estruturado e aprovado. “Não vamos fazer um aporte sem o plano de recuperação aprovado. Nem empréstimo, nem apoio, nem aval”, destacou o ministro, sublinhando a necessidade de um respaldo sólido antes de qualquer decisão financeira.
Ainda que o Tesouro esteja avaliando modalidades para ajudar os Correios, Haddad enfatizou que quaisquer recursos que possam ser injetados seguirão as regras do atual arcabouço fiscal. “Pode haver [aporte]. O Tesouro está estudando e considerando todas as variáveis para tomar a decisão”, afirmou, esclarecendo que essa ação não implicaria flexibilizações nas normas fiscais vigentes.
O ministro também ressaltou que a alta taxa de juros no Brasil torna o crédito mais oneroso para a estatal, aumentando, assim, a possibilidade de um aporte da União como solução temporária. A exclusão de R$ 10 bilhões da meta fiscal das estatais, proposta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, foi interpretada como uma medida preventiva, que deveria garantir ao governo a margem necessária para um possível investimento na empresa.
Recentemente, o Tesouro rejeitou um pedido de empréstimo de R$ 20 bilhões feito pelos Correios, que seria financiado por um consórcio de bancos, incluindo o Banco do Brasil e o BTG Pactual. Os bancos solicitavam uma taxa de juros de 136% do CDI, ultrapassando o limite estabelecido de 120% para operações com garantia da União. Esta recusa reafirma a posição do governo sobre a necessidade de um plano de reestruturação robusto antes de considerar qualquer ajuda financeira.
O Ministério da Fazenda mantém uma equipe especializada para analisar a situação dos Correios e está comprometido em buscar soluções nos próximos meses, reforçando a importância de um planejamento estratégico para a recuperação da empresa estatal.









