ECONOMIA – Copom Mantém Selic em 15% em Meio a Incertezas Econômicas e Tensão Geopolítica Global

O Comitê de Política Monetária (Copom) oficializou, na noite desta quarta-feira, 17 de outubro, a decisão de manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15%. A decisão foi divulgada após dois dias de reuniões entre o presidente do Banco Central e a equipe diretiva.

No comunicado publicado, o Copom esclarece que essa escolha se deve à incerteza no ambiente econômico global, particularmente influenciada pela conjuntura política e econômica nos Estados Unidos. O comitê alertou que os países emergentes precisam ser cautelosos diante de um cenário global marcado por tensões geopolíticas, que podem impactar negativamente suas economias.

Além dos fatores externos, o Copom destacou a situação interna do Brasil. Apesar de um mercado de trabalho que demonstra certa dinâmica, os indicadores de atividade econômica mostram uma “moderação no crescimento”. A inflação, por sua vez, se mantém acima da meta estipulada, motivo que justifica a prudência nas decisões monetárias.

O comitê também fez referência às expectativas de inflação para os anos de 2025 e 2026, que segundo dados da pesquisa Focus, estão projetadas em 4,8% e 4,3%, respectivamente. A previsão do Copom para o primeiro trimestre de 2027, que figura como um horizonte relevante para a política monetária, é de 3,4% em um cenário de referência.

Na última reunião, ocorrida em julho, o Copom já havia optado por interromper o ciclo de alta da taxa, mantendo a Selic em 15% ao ano. As decisões do comitê são sempre fundamentadas em uma avaliação ampla que considera não apenas a inflação, mas também as contas públicas e a atividade econômica, tanto do Brasil quanto do exterior.

As atas das reuniões do Copom são divulgadas em até quatro dias úteis e este foi o sexto encontro do ano do comitê. A taxa Selic permanecerá estipulada nos atuais 15% pelos próximos 45 dias, até que o Copom se reúna novamente para reavaliar a situação.

A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para atingir a meta de inflação. O aumento da taxa é uma estratégia para conter uma demanda aquecida, já que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. No entanto, esse aumento também pode dificultar a expansão da economia, enquanto a redução da Selic tende a tornar o crédito mais acessível, estimulando a produção e o consumo, embora possa acarretar desafios no controle da inflação.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo