De acordo com analistas de mercado consultados no boletim Focus, a previsão é de um aumento de 1 ponto percentual na taxa, passando de 13,25% para 14,25% ao ano. Esta alta já havia sido indicada no comunicado da última reunião do Copom, realizada em janeiro.
O contexto de pressão inflacionária, impulsionado pelo aumento nos preços dos alimentos e da energia, tem levado o Copom a adotar uma postura mais rígida em relação à política monetária. O cenário internacional também contribui para a decisão, com incertezas que afetam o mercado financeiro.
A inflação, que vem se mantendo acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, tem sido um dos principais motivadores para o ciclo de altas da Selic. Atualmente, a estimativa para a inflação em 2025 está em 5,66%, acima do teto da meta contínua de 4,5%.
A taxa Selic, além de ser um instrumento crucial para o controle da inflação, também influencia as taxas de juros praticadas no mercado e tem impacto direto na economia como um todo. O aumento da Selic visa conter a demanda aquecida e controlar os índices de preços, mas pode ter efeitos sobre o consumo e a produção.
O Copom se reúne a cada 45 dias para analisar a conjuntura econômica e definir a Selic. Sob a nova política de meta contínua, o BC passa a ter uma meta de inflação de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Diante do atual cenário econômico e das projeções de inflação, a decisão do Copom sobre a Selic terá um impacto significativo no rumo da economia brasileira nos próximos meses. A expectativa é de que as medidas adotadas pela autoridade monetária contribuam para estabilizar os índices de preços e garantir um ambiente econômico mais saudável.