A razão por trás dessa nova classificação é o impacto da escassez de chuvas nos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas, uma das principais fontes de geração de energia no Brasil. Segundo a Aneel, a situação climática atual exige o acionamento de usinas termelétricas, que, embora sejam mais onerosas, são necessárias para garantir a continuidade do fornecimento de energia elétrica. Esse cenário é particularmente preocupante, dado que a geração solar, embora crescente, não é constante, com a energia solar sendo intermitente e não disponível durante o dia inteiro, especialmente em horários de pico.
A necessidade de complementar a geração de energia com termelétricas foi ressaltada em comunicado da agência, que destacou que a geração solar não é suficiente para atender a demanda durante todas as horas do dia. Assim, a combinação de diferentes fontes de energia torna-se fundamental para manter a confiabilidade do sistema elétrico nacional.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel e tem como objetivo refletir os custos da geração de energia em tempo real. As bandeiras são classificadas em cores, que representam o custo das diversas formas de geração de eletricidade, variando de acordo com as condições climáticas e a demanda. A bandeira verde indica que não há acréscimos nas contas de luz, enquanto as bandeiras amarela e vermelha sinalizam aumentos a cada 100 kWh consumidos.
Portanto, a adoção da bandeira vermelha patamar 1 em outubro sinaliza um momento delicado para os consumidores, que devem se preparar para a alta nas tarifas enquanto a Aneel e outros órgãos buscam soluções para estabilizar a oferta de energia em um contexto de incertezas climáticas.