ECONOMIA – Consumo em Supermercados Cresce 4% em Julho, Impulsionado por Melhora na Renda e Queda do Desemprego no Brasil

Em um cenário otimista para o setor supermercadista brasileiro, os dados referentes a julho de 2024 indicam um crescimento significativo no consumo dos lares. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta uma elevação de 4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No comparativo com junho, o aumento no consumo foi de 2,4%. Acumulando-se os dados do ano até julho, o crescimento se estabelece em 2,6%.

Esses números, que foram ajustados conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), evidenciam uma recuperação impulsionada, em grande parte, pela melhoria na renda e no mercado de trabalho. De acordo com Marcio Milan, vice-presidente da Abras, o crescimento registrado em julho se destaca pois, tradicionalmente, este mês tende a apresentar retrações no consumo devido às férias escolares, quando muitas famílias optam por atividades de lazer fora de casa. No entanto, neste ano, essa tendência foi atenuada.

Outro fator que contribuiu para o aumento do consumo foi a redução da taxa de desemprego, que, no trimestre encerrado em junho, registrou 5,8% — o menor nível desde 2012, comparado a 6,9% em julho de 2023. Este panorama mostra que o avanço no mercado de trabalho está diretamente ligado ao aumento da renda das famílias, permitindo que mais pessoas se sustentem sem depender exclusivamente de programas assistencialistas.

Em relação ao Bolsa Família, a pesquisa revelou que a diminuição do número de beneficiários, que caiu de 20,83 milhões em julho de 2023 para 19,6 milhões em julho de 2024, não resultou em um impacto negativo no consumo familiar. Por volta de 1 milhão de famílias deixaram de receber o benefício, que somou R$ 13,16 bilhões em repasses, demonstrando a recuperação financeira das famílias que conseguiram conquistar a autonomia econômica.

Por fim, os preços dos produtos básicos também apresentaram uma leve queda, com a cesta de 12 itens essenciais recuando 0,44% em julho. O valor médio nacional da cesta foi de R$ 351,88, marcando uma ligeira redução em comparação aos R$ 353,42 do mês anterior. Entre os produtos que apresentaram essa retração, destacam-se o arroz, o feijão, e o café, enquanto o açúcar e o óleo de soja foram as exceções que registraram pequenas alta de preços.

Assim, o panorama do consumo nos supermercados brasileiros se torna um reflexo da evolução econômica das famílias, evidenciando um futuro mais promissor para o setor.

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