Quatro empresas participaram da disputa pelo lote 4. As propostas iniciais foram apresentadas em envelopes fechados, revelando que a Motiva, antiga CCR, ofereceu um desconto de 9,14% na tarifa de pedágio, enquanto a Mota-Engil apresentou 6,23%. O Consórcio Infraestrutura PR, por sua vez, fez uma proposta de 18,52% de desconto, e a Reune Rodovias Holding alcançou uma oferta de 21,20%. Como mais de uma proposta foi recebida, o leilão avançou para a fase de viva-voz, onde as ofertas foram feitas em tempo real. Nesse estágio, a Mota-Engil e a Motiva foram eliminadas da competição, tendo apresentado os menores descontos.
Durante o viva-voz, o Consórcio Infraestrutura PR fez a única proposta que superou as demais, garantindo a vitória com um desconto de 21,30% sobre o pedágio, superando a Reune Rodovias Holding.
O lote 4 abrange uma vasta extensão de 627,52 quilômetros, incluindo trechos importantes de três rodovias federais (BR-272, BR-369 e BR-376) e oito estaduais (PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986). Esse traçado conectará regiões chave do Paraná, desde Guaíra, perto da fronteira com o Paraguai, até Nova Londrina, na divisa com São Paulo.
O investimento previsto para a implementação das melhorias é de R$ 18,17 bilhões, com a concessionária incumbida de realizar diversas obras, incluindo duplicações, criação de faixas adicionais, construção de contornos, vias marginais, passarelas e pontos de descanso para caminhoneiros. O Ministério dos Transportes estima que essa concessão trará benefícios significativos para 39 cidades, gerando cerca de 156 mil empregos diretos e indiretos na região.
Ao longo do processo de concessões promovido pelo governo do Paraná, o leilão do lote 1 foi vencido pelo grupo Pátria, enquanto o lote 2 foi arrematado pelo mesmo Consórcio Infraestrutura PR. O lote 3 teve como vencedor a CCR, e o lote 6 também foi conquistado pela EPR, evidenciando a competitividade e a relevância das rodovias para o desenvolvimento econômico do estado.
