O principal objetivo dessa ação é reduzir o excedente de produção no mercado, buscando um incremento nos preços pagos aos produtores. Pretto destacou que a medida visa fortalecer a produção leiteira da agricultura familiar, adquirindo os excedentes para garantir uma fonte estável de renda para os trabalhadores rurais. Além disso, a ação busca assegurar a oferta de um alimento de qualidade para a população que enfrenta a insegurança alimentar e nutricional.
O Brasil se destaca como o terceiro maior produtor de leite no cenário global, com uma produção concentrada em estados como Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que juntos respondem por cerca de 70% do total nacional. Em 2022, o país alcançou a marca de 35,6 bilhões de litros de leite produzidos. Atualmente, a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) estabelece um valor de referência de R$ 1,88 por litro, enquanto o preço médio praticado no mercado gira em torno de R$ 2,22 por litro. Com os cálculos da Conab, o custo estimado para a compra do leite em pó será de cerca de R$ 41,89 por quilo do produto.
A aquisição do leite está pautada no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade de Compra Institucional (CI). O aviso sobre o processo será publicado no site da Conab, permitindo que os produtores se cadastrem até o próximo domingo, dia 28, para ofertar seus produtos. Agricultores familiares organizados em associações e cooperativas dos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas, Sergipe e Goiás serão incentivados a apresentar suas propostas.
Elio Müller, presidente da Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste, expressou otimismo com a medida, apontando que ela oferece um alívio significativo para os produtores, que nos últimos dias enfrentavam dificuldades para escoar sua produção leiteira. Essa ação do Governo Federal é vista como uma oportunidade crucial para reestabelecer a dinâmica de mercado e garantir o escoamento dos produtos para as indústrias.
