No panorama mais amplo, o comércio acumula um crescimento de 2,1% nos últimos 12 meses, a taxa mais baixa registrada desde janeiro de 2024. A partir de abril, quando o crescimento anual atingiu 3,4%, o desempenho do setor passou a mostrar uma contínua desaceleração.
De acordo com a pesquisa que analisa o comportamento do comércio, o desempenho de setembro reflete uma retomada da tendência negativa observada anteriormente. O analista responsável pela pesquisa destacou que, atualmente, o comércio está 1,1% abaixo do patamar mais elevado da série histórica, que começou em 2000, registrado em março de 2025. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve uma expansão de 0,8%, mas o terceiro trimestre revela um recuo de 0,4% em comparação ao segundo trimestre.
Os dados mostram que, no contexto pós-pandemia, o comércio ainda se encontra 8,9% acima dos níveis registrados em fevereiro de 2020, antes do surto de Covid-19. No entanto, foram observadas quedas em seis dos oito setores avaliados. Os setores mais impactados incluem a venda de livros, jornais e revistas, que caiu 1,6%, e o segmento de vestuário, que retraiu 1,2%. Outros setores como combustíveis e lubricantes, hotéis e supermercados também enfrentaram diminuições, com variações negativas entre 0,2% e 0,9%.
Por outro lado, no comércio varejista ampliado, que engloba atividades de atacado, houve um leve crescimento de 0,2% entre agosto e setembro, refletindo uma alta de 0,7% em 12 meses.
Esses resultados se somam a um cenário mais amplo da economia, que inclui uma leve queda de 0,4% na produção industrial e um crescimento notável de 0,6% no setor de serviços, que já acumula oito meses consecutivos de alta. Este último setor, crucial para o emprego no país, teve um avanço de 3,1% no período de um ano, destacando-se em relação à retração do comércio varejista.
