A concessionária Enel, responsável pelo fornecimento de energia, informou que mais de dois milhões de clientes ficaram sem eletricidade devido à passagem de um ciclone pelo litoral paulista, que ocasionou ventos intensos e inusitados. As consequências dessa intempérie foram desiguais entre as diversas áreas da capital, dificultando a quantificação exata dos prejuízos, conforme explicou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP. Ele ressaltou que muitas regiões ainda enfrentam dificuldades no restabelecimento total do fornecimento de energia.
A interrupção no serviço causou um efeito cascata nas vendas, com uma notável redução tanto nas compras imediatas quanto nas aquisições impulsivas por parte dos consumidores. Gamboa observou que esse comportamento é comum em situações de instabilidade, onde os consumidores tendem a adiar compra de produtos não essenciais frente a incertezas.
Na manhã seguinte, 11 de outubro, a intensidade dos ventos na Grande São Paulo foi consideravelmente reduzida, com velocidades variando entre 20 e 30 km/h, em contraste com os impressionantes 98 km/h registrados no dia anterior. Porém, ainda foram observadas rajadas significativas, como a de 64,8 km/h no Aeroporto de Congonhas, onde várias árvores foram derrubadas, causando danos a veículos.
A situação alerta para a fragilidade da infraestrutura elétrica em períodos de condições climáticas extremas e ressalta a necessidade de um planejamento mais robusto para mitigar os danos às atividades comerciais em momentos de crise. O comércio depende da estabilidade do fornecimento de energia, e eventos como o ocorrido destacam os riscos associados a desastres naturais.










