ECONOMIA – CNOOC vence processo de venda direta de petróleo do pré-sal brasileiro em leilão da estatal PPSA, arrematando 500 mil barris.



A CNOOC, petrolífera chinesa, foi a vencedora do processo de venda direta realizado pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) nesta quarta-feira (21). A empresa arrematou 500 mil barris de petróleo, marcando a terceira carga da União comercializada de acordo com o contrato de partilha de produção do Bloco de Sépia, localizado na Bacia Sedimentar de Campos, na costa fluminense.

A negociação se deu conforme o regime de partilha, aplicado aos campos do pré-sal, que determina que uma parte do petróleo extraído deve ser entregue à União. Com a aprovação da Lei 13.679, em 2018, a PPSA obteve autorização para realizar a venda direta desse petróleo, um procedimento que antes demandava a contratação de agentes de comercialização.

Anteriormente, outras duas cargas do Bloco de Sépia já haviam sido negociadas, em agosto de 2022 e em julho de 2023, tendo sido vencidas respectivamente pela Galp Energia Brasil e pela Petrobras. No entanto, esta foi a primeira vez que a CNOOC adquiriu uma carga da União, e a participação da empresa foi marcada por uma competição acirrada.

Todas as empresas que atuam no pré-sal brasileiro foram convidadas para participar do processo de venda direta, além da Prio (antiga PetroRio) e da Refinaria de Mataripe, resultando em cinco propostas. A CNOOC acabou superando as ofertas da Galp, da Petrobras, da Refinaria de Mataripe e da Equinor, consolidando-se como a vencedora da negociação.

Não apenas foi a venda mais competitiva realizada pela União, com o maior número de participantes, como também marcou a primeira vez que a PPSA vendeu cargas levando em conta a cotação do petróleo do tipo Brent, referência do mercado internacional. Anteriormente, as vendas eram realizadas com base no preço de referência estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Este novo modelo demonstra uma evolução no processo de comercialização do petróleo do pré-sal brasileiro e uma abertura para a participação de um mercado internacional mais amplo.

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