A negociação se deu conforme o regime de partilha, aplicado aos campos do pré-sal, que determina que uma parte do petróleo extraído deve ser entregue à União. Com a aprovação da Lei 13.679, em 2018, a PPSA obteve autorização para realizar a venda direta desse petróleo, um procedimento que antes demandava a contratação de agentes de comercialização.
Anteriormente, outras duas cargas do Bloco de Sépia já haviam sido negociadas, em agosto de 2022 e em julho de 2023, tendo sido vencidas respectivamente pela Galp Energia Brasil e pela Petrobras. No entanto, esta foi a primeira vez que a CNOOC adquiriu uma carga da União, e a participação da empresa foi marcada por uma competição acirrada.
Todas as empresas que atuam no pré-sal brasileiro foram convidadas para participar do processo de venda direta, além da Prio (antiga PetroRio) e da Refinaria de Mataripe, resultando em cinco propostas. A CNOOC acabou superando as ofertas da Galp, da Petrobras, da Refinaria de Mataripe e da Equinor, consolidando-se como a vencedora da negociação.
Não apenas foi a venda mais competitiva realizada pela União, com o maior número de participantes, como também marcou a primeira vez que a PPSA vendeu cargas levando em conta a cotação do petróleo do tipo Brent, referência do mercado internacional. Anteriormente, as vendas eram realizadas com base no preço de referência estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Este novo modelo demonstra uma evolução no processo de comercialização do petróleo do pré-sal brasileiro e uma abertura para a participação de um mercado internacional mais amplo.