ECONOMIA – CNI Mantém Previsão de Crescimento do PIB em 2025, Mesmo com Tarifas dos EUA Atingindo a Indústria Brasileira.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reafirmou suas expectativas de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, mesmo diante do aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos. Em um informe divulgado nesta terça-feira, a entidade apresentou dados atualizados sobre a conjuntura econômica, revelando que, embora tenha reduzido a previsão de crescimento para a indústria — de 2% para 1,7% —, elevou a expectativa para a agropecuária, que passou de 5,5% para 7,9%.

Segundo a CNI, a agropecuária, combinada com um mercado de trabalho em expansão, será fundamental para sustentar um crescimento do PIB estimado em 2,3%, mesmo frente ao desafio das tarifas norte-americanas que afetam as exportações brasileiras. A entidade destacou que este cenário é especialmente relevante considerando a saúde do setor agropecuário e a robustez do mercado de trabalho.

No que se refere à indústria de transformação, as projeções foram ajustadas de 1,9% para 1,5% devido a fatores como juros elevados, um aumento nas importações e uma possível desaceleração nas exportações, resultante da nova estratégia comercial dos Estados Unidos. Por outro lado, a indústria da construção promete se manter aquecida, impulsionada pela continuidade de projetos iniciados em 2024 e pelo crescimento significativo do programa Minha Casa, Minha Vida, que viu um aumento de 31,7% em lançamentos no primeiro trimestre. A CNI manteve a previsão de crescimento do PIB para este setor em 2,2%.

A indústria extrativa, por sua vez, aparece como uma das áreas com melhorias, com a CNI revisando sua expectativa de crescimento de 1% para 2%. Esse aumento é atribuído principalmente ao crescimento na produção de petróleo.

Quanto à massa de rendimento dos trabalhadores, as previsões são otimistas: a CNI estima um aumento de 1,5% no número de pessoas ocupadas em 2025, superando a projeção anterior em 0,6 ponto percentual. Espera-se ainda que a massa de rendimento real cresça 5,5%, 0,7 ponto percentual a mais do que a previsão anterior. Com isso, a taxa de desocupação média deverá alcançar 6%, um nível histórico baixo, permanecendo sob o patamar mínimo pelo segundo ano consecutivo. Essas perspectivas refletem a resiliência da economia brasileira em um cenário desafiador.

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