As três cidades que lideram a lista são São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que fazem parte das principais posições desde o início da série histórica em 2002. No entanto, esse trio tem apresentado uma queda gradual em sua participação no PIB ao longo dos anos, refletindo não apenas mudanças no cenário econômico, mas também a crescente importância de outros centros regionais.
O estudo aponta que, em 2023, as capitais do país representavam 28,3% do PIB, enquanto os municípios não capitais somavam 71,7%. O setor de serviços teve um desempenho destacado, contribuindo para um aumento na participação das capitais. São Paulo, por exemplo, teve o maior ganho de participação, aumentando sua contribuição para 9,7% do PIB nacional. Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro também registraram aumentos, embora menores.
Por outro lado, a pesquisa identificou que 30 cidades perderam participação no PIB, muitas delas ligadas à indústria de extração de petróleo. Entre as mais afetadas, encontram-se Maricá, Niterói e Saquarema, todas localizadas no estado do Rio de Janeiro. Essa queda é preocupante, especialmente em um momento em que a atividade extrativa nacional perdeu espaço, mesmo com a entrada de novos campos de petróleo em operação.
Curiosamente, as seis cidades com maior PIB per capita estão diretamente associadas à atividade petrolífera, o que levanta questões sobre a sustentabilidade desse modelo econômico. Saquarema lidera a lista com um PIB per capita de R$ 722.400, enquanto Brasília se destaca entre as capitais com R$ 129.800.
Em contrapartida, o município de Manari, em Pernambuco, possui o menor PIB per capita do país, com apenas R$ 7.201,70. Essa disparidade entre os municípios ressalta a desigualdade econômica presente no Brasil, com quatro dos cinco menores PIB per capita localizados no Maranhão.
Assim, a análise dessa pesquisa não apenas revela a concentração de riqueza em determinados centros urbanos, mas também aponta para desafios significativos que o Brasil ainda precisa enfrentar para promover um crescimento econômico equilibrado e inclusivo.
