O SVR é uma iniciativa do Banco Central que permite ao cidadão verificar se possui recursos esquecidos em instituições financeiras, como bancos, consórcios e corretoras. Para realizar a consulta, o interessado não precisa de um login; basta informar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a data de nascimento ou, no caso de empresas, o Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a data de abertura, incluindo para empresas já encerradas.
Depois de realizar a consulta, se for identificado algum valor a receber, o cidadão deve acessar o sistema para detalhes sobre quanto possui, a origem do dinheiro e a instituição responsável pela devolução. Neste caso, é necessário fazer um login com uma conta Gov.br, que pode ser de nível prata ou ouro, e ter a verificação em duas etapas ativada.
Os resgates podem ser feitos de três maneiras: contatando diretamente a entidade que deve realizar a devolução, solicitando o valor através do próprio SVR ou utilizando uma nova funcionalidade implantada pelo Banco Central. Desde maio deste ano, a nova opção de solicitação automática permite que os cidadãos não precisem verificar o sistema incessantemente ou registrar manualmente cada solicitação, facilitando a devolução dos recursos.
Até o final de setembro, mais de 34 milhões de brasileiros já haviam recuperado seus valores, sendo a maioria pessoas físicas. Entretanto, o número de beneficiários que ainda não sacaram seus recursos ultrapassa 53 milhões. Muitas dessas pessoas têm direito a pequenas quantias, com 64,63% dos valores a serem recebidos não ultrapassando R$ 10.
O Banco Central também emite alertas sobre o aumento de golpes relacionados a esses resgates. Estelionatários têm se apresentado como intermediários, tentando enganar os correntistas. A autarquia enfatiza que todos os serviços do SVR são gratuitos e que nunca entra em contato por meio de links ou solicitações de dados pessoais. A orientação é que usuários mantenham cuidado e não forneçam senhas ou informações confidenciais a terceiros.
Este sistema tem se mostrado uma forma eficiente de recuperar valores que, de outra forma, poderiam permanecer perdidos, mas também requer atenção redobrada dos cidadãos para evitar possíveis fraudes.
