Em sua análise, Fávaro destacou que, embora existam indícios que possam sugerir uma possível regionalização das restrições, ainda é prematuro fazer previsões definitivas. O ministro observou que a situação atual é recente, considerando que apenas cinco dias se passaram desde a confirmação do surto, e o período de incubação do vírus da gripe aviária é de 28 dias. Durante esse período, a verificação do controle e erradicação do vírus é crucial. Somente após o término desse ciclo é que se poderá avaliar se a área afetada está livre da doença.
Ele também lembrou um caso anterior, quando a doença de Newcastle foi detectada em uma granja gaúcha em 2024. Naquela ocasião, as autoridades conseguiram um processo de regionalização que permitiu continuar as exportações de áreas que não foram afetadas. Fávaro expressou otimismo cauteloso, afirmando que, se não surgirem novos casos de gripe aviária após o período de incubação, isso poderá abrir espaço para futuras negociações com a China, visando a nova configuração das restrições.
“Ainda é cedo para fazer qualquer afirmação”, ressaltou Fávaro, reafirmando seu compromisso em monitorar a situação e buscar alternativas que minimizem os impactos econômicos para os produtores brasileiros. Essa questão ressalta a complexidade das relações comerciais internacionais e a importância da saúde pública animal na manutenção do comércio. O setor avícola brasileiro, um dos maiores do mundo, aguarda com expectativa as próximas decisões das autoridades chinesas, que podem afetar diretamente suas operações.