Entre as cidades onde os preços do conjunto de alimentos básicos mais diminuíram, destaque para Florianópolis, cuja queda foi de 2,6%, seguida por Curitiba (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Campo Grande (-2,1%). Contrapõe-se a isso o Nordeste, que apresentou as maiores altas, com Recife atingindo um aumento de 2,8% e cidades como Maceió e Aracaju também registrando aumentos significativos.
O custo total da cesta básica foi mais elevado na capital paulista, atingindo R$ 865,90. Florianópolis ocupou a segunda posição, com valor de R$ 844,89, enquanto Porto Alegre, Rio de Janeiro e Cuiabá seguiram na lista com preços acima de R$ 800. Nas regiões Norte e Nordeste, os preços foram mais acessíveis, com Aracaju apresentando o menor preço, de R$ 568,52.
Comparando julho de 2024 a julho de 2025, as 17 capitais onde a pesquisa era previamente realizada mostraram um aumento de preços em todas, variando de 2% a 19,5%, sendo Recife a que mais se destacou com esta última porcentagem. No acumulado do ano, as taxas de aumento também foram generalizadas, com Goiânia tendo a menor alta de 0,3% e Recife novamente liderando com 11,4%.
De acordo com estimativas baseadas nos dados da cesta básica mais cara, a de São Paulo, o Dieese aponta que o valor do salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.274,43, o que representa 4,79 vezes o salário atual de R$ 1.518. Isso implica que, em média, os trabalhadores que recebem o piso nacional estão comprometendo 50,9% de seus salários líquidos apenas para cobrir o custo dos alimentos básicos.
Em relação aos principais produtos da cesta, a pesquisa indicou que o preço do quilo do arroz caiu em várias capitais, salvo em Recife, onde houve leve aumento. O feijão também apresentou uma queda significativa em 24 das 27 cidades pesquisadas, enquanto o café em pó teve queda em 21 delas. Apesar do cenário de estoques enxutos, a colheita impactou nos preços internos, que refletem as oscilações do mercado internacional.
No que diz respeito à carne bovina de primeira, os preços foram variados: enquanto algumas capitais viram aumentos, outras experimentaram quedas. A demanda externa continua a influenciar o mercado, especialmente com as recentes tarifas impostas sobre exportações para os Estados Unidos. A situação econômica, com as variações nos preços de alimentos básicos, continua a repercutir diretamente no orçamento das famílias brasileiras.