ECONOMIA – Cesta básica em São Paulo tem queda de 2,21% entre julho e agosto, mas registra aumento de 2,27% em comparação com o ano anterior.

A pesquisa recente sobre a variação da cesta básica em São Paulo revela um recuo significativo nos preços. Entre julho e agosto deste ano, a cesta básica teve uma redução de 2,21%, mantendo a tendência de queda que se intensificou desde maio. No entanto, ao se comparar o valor da cesta atualmente com o de um ano atrás, observa-se um aumento de 2,27%, o que demonstra a complexidade do cenário econômico enfrentado pelos paulistanos.

Os dados indicam que a redução mais notável nos preços de agosto foi impulsionada por itens que anteriormente estavam em alta, como as carnes de primeira e segunda, os ovos, o frango, além da batata e da cebola. As variações nos diferentes grupos de produtos mostram que os itens de alimentação reduziram em 2,56%, enquanto os de limpeza tiveram uma diminuição de 2,12%. Por outro lado, os produtos de higiene mostraram um aumento de 1,47%, refletindo uma dinâmica diversificada nos preços.

Entre os produtos que mais contribuíram para a queda, destacam-se a batata, cuja redução foi de 20,73%, e a cebola, que registrou uma queda de 16%. Outros alimentos como alho, ovos e pão também apresentaram desvalorizações, embora com impactos reduzidos no índice total. Embora as carnes de primeira e segunda tenham visto recuos de 3,60% e 2,80%, respectivamente, ainda contribuíram para o alívio no bolso do consumidor.

Entretanto, o cenário não é exclusivamente positivo. Alguns itens de higiene, como o creme dental e absorventes, registraram aumentos de 3,42% e 2,25%, refletindo um encarecimento em necessidades básicas do dia a dia. Além disso, produtos como leite em pó e presunto também aumentaram, embora em uma magnitude menor.

Analisando o panorama anual, de agosto de 2024 a agosto de 2025, é evidente que o paulistano ainda enfrenta desafios econômicos significativos, com um valor médio da cesta básica agora em R$ 1.295,86, frente aos R$ 1.267,12 registrados no mesmo período do ano passado. A alta nas proteínas de origem animal, especialmente carnes, destaca-se como a principal responsável por esse aumento, com variações impactantes que alcançaram 24,40% para carnes de segunda sem osso e 20,21% para as de primeira. O café em pó teve um aumento dramaticamente maior, impactando o orçamento dos consumidores em 72,58%.

Por outro lado, preços de alimentos como batata, cebola, arroz e feijão caíram significativamente, o que oferece um pequeno alívio no geral. Apesar da redução recente na cesta básica, a situação econômica continua desafiadora para muitos cidadãos, que buscam formas de equilibrar suas despesas.

Sair da versão mobile