Os números indicam que os juros médios dos cartões de crédito rotativo atingiram alarmantes 449,9% ao ano, uma elevação de 5,7 pontos percentuais em relação ao mês anterior, quando a taxa era de 444,2%. Esse aumento reflete uma preocupação crescente em relação ao uso desse tipo de crédito, que geralmente é acionado quando os consumidores não conseguem quitar o total da fatura do cartão na data de vencimento. Isso leva muitos a parcelar suas dívidas, muitas vezes em condições desfavoráveis.
Por outro lado, o cheque especial, uma modalidade frequentemente utilizada para emergências financeiras, teve uma redução nos juros médios cobrados, que agora se fixam em 134,7% ao ano. Em abril, a taxa estava em 137,4%, mostrando uma queda de 2,7 pontos percentuais, trazendo um alívio, ainda que temporário, para os consumidores que dependem dessa linha de crédito.
Em relação ao crédito consignado, uma opção cada vez mais popular entre os brasileiros, também houve uma leve diminuição. Em maio, essa modalidade registrou uma taxa média de 26,5%, uma queda de 0,4 pontos percentuais em comparação ao mês anterior. O crédito consignado destinado a servidores públicos, que geralmente oferece taxas mais atrativas devido à estabilidade de emprego, teve juros de 24,8% ao ano. Já para trabalhadores do setor privado, a situação se torna mais complicada, com taxas subindo para 55,6% ao ano. Além disso, os aposentados e pensionistas do INSS se depararam com juros de 24,3% ao ano.
Essas flutuações nas taxas de juros refletem um ambiente econômico em constante transformação, que exige atenção redobrada por parte dos consumidores na hora de optar por diferentes modalidades de crédito. Assim, é essencial que os brasileiros avaliem cuidadosamente suas opções financeiras, especialmente em um contexto onde o cartão de crédito rotativo continua a apresentar custos exorbitantes.
