Diversos fatores contribuíram para esse aumento na arrecadação de impostos. O principal deles foi o crescimento da economia, que impactou positivamente a arrecadação de tributos sobre bens e serviços a nível federal. A arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por exemplo, teve um aumento significativo de 0,42 ponto percentual.
O aumento do dólar também teve influência nesse cenário, uma vez que os preços mais altos das mercadorias importadas ajudaram a reforçar a arrecadação de tributos como o PIS, Cofins e o IPI. Além disso, o fim da isenção de PIS/Cofins sobre o diesel e o gás de cozinha, que voltaram às alíquotas normais em janeiro de 2024, também teve impacto na arrecadação.
Outro fator que contribuiu para o aumento da carga tributária foram as medidas de tributação de fundos exclusivos e offshores, empresas de investimento no exterior, que entraram em vigor no fim de 2023. Isso resultou em um aumento na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Em relação aos impostos estaduais e municipais, a arrecadação do ICMS e do ISS também apresentaram crescimento em 2024, impulsionados pela recuperação da economia e pelo aumento do volume de serviços prestados.
Os números revelam um cenário de aumento da carga tributária em todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal. No entanto, é importante ressaltar que a divulgação oficial da carga tributária pelo governo só ocorre no segundo semestre, por meio da Receita Federal.