A margem financeira do banco alcançou R$ 32,7 bilhões, um aumento de 6,3% em relação ao primeiro semestre de 2024. As receitas de intermediação financeira também apresentaram um desempenho positivo, totalizando R$ 115,1 bilhões, o que representa um acréscimo de 25,4% frente ao mesmo período do ano passado. Este crescimento evidencia a eficiência da Caixa em suas operações financeiras e a eficácia das estratégias adotadas.
Contrariando as tendências de aumento de despesas que muitas instituições enfrentam, as despesas administrativas e de pessoal da Caixa alcançaram R$ 21,7 bilhões, sinalizando uma redução de 2,4% em comparação ao primeiro semestre de 2024. No entanto, as despesas de intermediação financeira tiveram um aumento expressivo de 34,9%, totalizando R$ 82,4 bilhões. Esses dados apontam para uma administração eficaz de custos, com a Caixa focando na otimização de suas operações.
Em termos de crédito, a carteira da Caixa encerrou junho de 2025 com um saldo robusto de R$ 1,294 trilhão, um crescimento de 10,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No segundo trimestre, o banco liberou R$ 159,7 bilhões em crédito total, representando um leve aumento de 0,4% em relação ao segundo trimestre de 2024 e um crescimento de 5,3% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Entretanto, o índice de inadimplência da carteira de crédito total atingiu 2,66%, um incremento de 0,46 pontos percentuais desde junho de 2024 e de 0,17 pontos frente a março de 2025. A cobertura para inadimplência encerrou o trimestre em 163,8%, mostrando uma diminuição de 31,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Olhando especificamente para o setor imobiliário, a Caixa manteve sua posição dominante com 66,8% de market share nos financiamentos imobiliários e uma participação de mais de 99% no Programa Minha Casa Minha Vida. O saldo da carteira imobiliária foi de R$ 875,5 bilhões, refletindo um crescimento de 11,7% em relação ao ano passado, embora as contratações tenham diminuído 5,6%.
Esses números ressaltam a importância da Caixa no financiamento da habitação no Brasil, ao mesmo tempo que a instituição busca balancear o crescimento com a gestão de riscos em um ambiente de incertezas econômicas.