As investigações conduzidas pela Polícia Federal revelaram que o BRB teria adquirido créditos fictícios do Banco Master, especificamente um total alarmante de R$ 12,7 bilhões em carteiras de crédito que, de acordo com as apurações, nunca existiram. A Operação Compliance Zero, desencadeada recentemente, identificou uma complexa rede de fraudes, onde empréstimos eram simulados durante negociações de carteiras entre bancos, incluindo o próprio BRB.
No entanto, o Banco de Brasília defende que os processos de substituição e adição de garantias, previstos em contrato, foram devidamente comunicados e fiscalizados pelo Banco Central. Em sua declaração, a instituição destacou que, dos R$ 12,76 bilhões negociados, mais de R$ 10 bilhões já haviam sido “liquidados ou substituídos”, ressaltando que o restante não apresenta exposição direta ao Banco Master. Além disso, o BRB também assume o papel de credor na liquidação extrajudicial, o que demonstra um proativo esforço para mitigar os impactos da situação.
Para solidificar ainda mais a mensagem de que a instituição permanece vigorosa, o BRB apresentou dados financeiros robustos. Com mais de R$ 80 bilhões em ativos e uma carteira de crédito superior a R$ 60 bilhões, o banco obteve um lucro líquido de R$ 518 milhões no primeiro semestre do ano. Além disso, a instituição reportou uma margem financeira que ultrapassa R$ 2,3 bilhões.
Atualmente, o BRB mantém uma presença significativa em 97% do território nacional, com uma extensa rede de 988 pontos físicos e é reconhecido como líder no crédito imobiliário no Distrito Federal. Essa estratégia de comunicação e a demonstração de força financeira visam não apenas restaurar a confiança dos clientes, mas também reafirmar o compromisso do BRB com uma gestão responsável e transparente em tempos de adversidade.
