O estudo foi conduzido de forma presencial, com a participação de 2 mil pessoas com mais de 16 anos, em todas as 27 unidades da federação. As entrevistas ocorreram entre os dias 10 e 15 de janeiro de 2025.
Entre os principais benefícios apontados pelos entrevistados em relação à redução da jornada de trabalho estão a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores, mencionada por 65% dos participantes, o aumento na produtividade (55%), o desenvolvimento social do país (45%), o desenvolvimento econômico (40%) e o aumento da lucratividade das empresas e indústrias (35%).
Quanto à possibilidade de adotar uma jornada de seis dias de trabalho por um dia de folga, a maioria dos entrevistados (54%) se mostrou contrária, enquanto 39% manifestaram apoio, 4% não tiveram opinião definida e 3% não souberam responder.
Outro ponto abordado no levantamento foi a Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC da escala 6×1, em análise na Câmara dos Deputados, que propõe a redução da jornada máxima de trabalho semanal para 36 horas, com 4 dias de trabalho e 3 dias de folga, sem redução salarial. Neste caso, 63% dos entrevistados se mostraram a favor da medida, 31% foram contra, 4% ficaram neutros e 3% não souberam responder.
Além disso, a maioria dos participantes (42%) acredita que essa alteração seria positiva para o país, 30% consideram que seria negativa, 22% não veem diferença e 6% não souberam opinar. Em relação ao uso do tempo livre decorrente da redução da jornada de trabalho, 47% afirmaram que dedicariam mais tempo à família, 25% mencionaram a atenção à saúde, 22% pensam em obter uma renda extra e 17% cogitam investir em cursos e capacitações profissionais.
Esses dados refletem a percepção e as expectativas da população em relação às questões ligadas à jornada de trabalho e mostram que há um interesse crescente por mudanças nesse aspecto, visando melhorias na qualidade de vida, na produtividade e no desenvolvimento econômico e social do país.