De acordo com a SPE, a Agropecuária deve continuar desacelerando, enquanto a Indústria e os Serviços devem mostrar uma expansão no ritmo de crescimento. O “carregamento estatístico” para este ano está em 3%, o que significa que, se a economia ficar estagnada no quarto trimestre, o crescimento anual ficará em 3%. Segundo a SPE, o resultado do PIB brasileiro no terceiro trimestre foi o quinto melhor entre os países do G20, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, México, Indonésia e Coreia do Sul.
No entanto, o resultado do PIB do terceiro trimestre teve impactos negativos em alguns setores da economia. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBTC) teve o quarto trimestre consecutivo de retração, resultando em uma taxa de investimento de 16,6%, abaixo da média histórica de 18%. Segundo a SPE, isso reflete uma piora no segmento de máquinas e equipamentos, além das restrições provocadas pela taxa de juros elevada.
A retração se tornou mais acentuada na comparação interanual, passando de -1,8% para -6,8%, refletindo a intensificação na queda da produção de máquinas e equipamentos, assim como uma maior retração na construção civil. A política monetária contracionista também foi apontada como um fator explicativo para essa tendência negativa.
Para o próximo trimestre, a SPE destaca que a indústria deve começar a se beneficiar dos cortes de juros, e os serviços devem refletir a melhora na massa real de rendimentos, a queda de inflação e a melhora do crédito. No entanto, a pasta ressalta que a agricultura deve continuar a desacelerar, depois de um início de ano muito forte. Com base nesses dados, a perspectiva da SPE para o quarto trimestre é de uma retomada do crescimento na margem, com impactos positivos em diversos setores da economia.