ECONOMIA – Brasil tem nota da dívida soberana elevada pela S&P após 12 anos, mas perspectiva continua estável devido a riscos econômicos.

Após 12 anos de espera, o Brasil finalmente recebeu uma boa notícia em relação à sua economia. A agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) elevou a nota da dívida soberana brasileira, saindo de BB- para BB. Embora ainda esteja abaixo do grau de investimento, a subida de dois níveis representa um avanço significativo para o país.

Esta é a primeira vez desde 2011 que a S&P decide elevar a nota da dívida brasileira. Desde então, o país havia enfrentado um declínio constante em sua classificação, tendo perdido o grau de investimento em 2015. A agência atribuiu a melhoria da nota à aprovação da reforma tributária, destacando a modernização do sistema tributário brasileiro como um fator determinante para a elevação.

No entanto, a S&P também alertou para os riscos ainda presentes na economia brasileira, como o fraco crescimento econômico e a situação fiscal considerada “débil”. Esses fatores foram apontados como justificativa para a manutenção de uma perspectiva estável para a nota do país.

O comunicado da agência destacou que, apesar dos progressos feitos, ainda são esperados avanços lentos em relação aos desequilíbrios fiscais e projeções econômicas fracas. A S&P também mencionou a forte posição externa e a política monetária como fatores que têm ajudado a mitigar os impactos negativos.

Outras agências de classificação de risco, como a Fitch, também mantêm o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, enquanto a Moody’s o classifica dois níveis abaixo. No entanto, a elevação da nota pela S&P é vista como um sinal positivo e representa um passo na direção certa para a economia brasileira.

Apesar das ressalvas, a notícia foi recebida com otimismo por especialistas e pelo governo, que enxergam a melhoria da nota como um reflexo dos esforços feitos para reequilibrar a economia e implementar políticas mais eficazes. Espera-se que essa conquista traga impactos positivos para o país, como a atração de investimentos e o fortalecimento da confiança de mercado.

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